Marielle FrancoImagem: Suite de Ideias

A semana foi marcada, além de ser a mais importante para os cristãos, com início no Domingo de Ramos, com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, mostrando humildade e, conforme profecia transcrita no livro de Zacarias, montado em um jumentinho. A multidão em júbilo, o recebia com tapetes e ramos, digno de toda a reverência.
Na mesma semana, Jesus foi cruelmente crucificado e ressuscitou no terceiro dia.
A história foi alterada e dividida em antes e depois Dele.
No mesmo domingo, foram presos os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, à época, chefe da polícia civil do Estado do Rio de Janeiro.
Chegaram em Brasília no avião da Polícia Federal e levados até à Papuda, sendo deslocados para presídios federais em outros estados.
O fato em si poderia ser de júbilo, após 6 anos os supostos mandantes estão presos.
Mas a trama que levou a captura dos algozes da Vereadora Marielle Franco, que se tornou um ícone no Brasil, mostrou a faceta mais do que conhecida do Rio de Janeiro, que politizou a criminalidade, com o apoio da milícia, políticos, policiais e, quem sabe, até de agentes de outros poderes.
A trama do assassinato de Marielle não foi por motivação política, mas porque estava impedindo transação imobiliária em área de especulação comandada por milicianos, comandados pelos irmãos Brazão.
O mais estarrecedor é que o então Chefe da Polícia Civil, que acalentou familiares, escreveu livro, deu várias entrevistas, foi um dos mais ativos mentores do crime brutal e fútil. Coisa típica de um Judas cujas moedas somavam 80 mil reais por mês para obstruir as investigações.
O Rio de Janeiro, dominado pelo crime organizado, comete ousadias que em nenhum outro lugar se vê, e com requintes de desfaçatez.
O Rio definitivamente não é para amadores, ou talvez seja, e a prepotência da esperteza leve pessoas com certos privilégios e poder a acreditar que são impunes e podem inclusive inaugurar escritórios do crime.
Na semana em que oramos por paz, por remissão e esperança em busca de um ambiente para reviver o novo, em meio a tanto conflito e desrespeito, até mesmo à vida, que possamos abandonar a Lei de Gerson (instituída pelo jogador de futebol sobre ser sempre o mais esperto em qualquer circunstância) e entender que ser profissional é ser correto nas atitudes e comportamento.
Marielle está presente e Jesus vive!