É comum que ferramentas como o ChatGPT apresentem informações erradas ou distorcidasAFP

O governo do Estado de São Paulo irá utilizar uma ferramenta de inteligência artificial (IA), o ChatGPT, como parte da produção de aulas voltadas a alunos dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio da rede pública de ensino. Atualmente, o material é todo elaborado por professores curriculistas, que são especialistas na área.
A informação foi divulgada inicialmente pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão. Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou que, por ora, trata-se de um "projeto piloto". A pasta ainda negou qualquer possibilidade de excluir professores do processo de produção das aulas.
"Esse processo de fluxo editorial ainda será testado e passará por todas as etapas de validação para que seja avaliada a possível implementação. Nele, as aulas que já foram produzidas por um professor curriculista e já estão em uso na rede são aprimoradas pela IA com a inserção de novas propostas de atividades, exemplos de aplicação prática do conhecimento e informações adicionais que enriqueçam as explicações de conceitos-chave de cada aula", declarou a Seduc à reportagem.
Apesar de estar cada vez mais difundida, a tecnologia de IA não está imune a erros - ao contrário, é bastante comum que ferramentas como o ChatGPT e outras apresentem informações erradas ou distorcidas.
De acordo com a secretaria, todo o material criado via IA passará por revisão de profissionais de educação. "Esse conteúdo será avaliado e editado por professores curriculistas em duas etapas diferentes, além de passar por revisão de direitos autorais e intervenções de design", declarou a secretaria.
"Por fim, se essa aula estiver de acordo com os padrões pedagógicos, será disponibilizada como versão atualizada das aulas feitas em 2023." Atualmente, São Paulo conta com 90 professores curriculistas.