Kwan Yin é considerada a Deusa da Misericórdia nas culturas orientais. Ela fez o seguinte juramento: "Jamais buscarei ou receberei salvação individual e privada; jamais entrarei na paz final sozinha; mas para sempre e em toda parte viverei e lutarei pela libertação dos laços da existência condicionada de todas as criaturas do mundo".
Ideal tão elevado pode ser compartilhado por simples seres 'normais' como nós?
Coloco aqui trechos da resposta do professor e filósofo indiano Raghavan Iyer – 1930-1995 –, no livro THE GUPTA VIDYA, Vol. II: "A ideia de que um ser humano não iluminado pode efetivamente gerar uma
semente de iluminação é a suposição central por trás do ensinamento dos Grandes  Seres que dirigem a evolução da humanidade. Uma gota de água sugere um oceano; um  faísca ou uma única chama é análoga a um oceano de luz; o minúsculo espelha o grande. ...Portanto, é possível convidar a si mesmo, por mais frágil que seja, para a família daqueles que são os amigos escolhidos por si mesmos, não reconhecidos, mas
não vencidos, da raça humana".
Suponhamos que uma pessoa realmente decida não ferir nenhum ser humano e deseje liberar amor em todas as direções, "o que importa se há algo imperfeito e inconclusivo em seus repetidos esforços para incorporar esta afirmação? Indivíduos maduros, que já fizeram isso repetidas vezes, sabem que logo depois de terem tomado essa decisão, serão testados. A pessoa convidou a Luz do Logos para brilhar nos cantos
escuros de seu ser".
Veremos erros e defeitos que não gostaríamos de ter, mas, ao lançarmos luz sobre as sombras "vamos poder discernir também nossos sentimentos mais profundos, nossa natureza mais refinada, o senso mais verdadeiro e profundo de fraternidade".
As portas estão abertas. Podemos bater e entrar. Vamos!