Michiel Huisman como Gunnar e Sofia Boutella como KoraDivulgação/Rede Globo

Rio - A aguardada estreia de "Rebel Moon 2: A Marcadora de Cicatrizes", da Netflix, na próxima sexta-feira (19) trouxe consigo uma aura de empolgação e expectativa, não só para o público, mas também para todo o elenco e produção. Os atores Michiel Huisman, Sofia Boutella e o diretor Zack Snyder, compartilharam com O DIA o que se pode esperar dos personagens e da narrativa que envolve a sequência.
"Rebel Moon" é centrado em um conflito que se desenrola em uma galáxia distante, onde diversas colônias estão sob ameaça de um império liderado pelo tirano regente Balisarius. Diante dessa situação, uma das colônias decide agir e envia uma jovem chamada Kora em uma missão crucial. Zack não é só o diretor como também o roteirista do filme e afirma ter se inspirado na saga Star Wars.
O objetivo de Kora é reunir guerreiros dos planetas vizinhos para formar uma aliança capaz de enfrentar e combater a ameaça representada pelo império tirânico de Balisarius. A história mergulha em temas de coragem, resistência e união contra a opressão, enquanto a protagonista lidera essa jornada para defender a liberdade e a autonomia das colônias ameaçadas.
O novo filme continua a emocionante jornada de Kora e dos bravos guerreiros que estão dispostos a sacrificar tudo em nome da liberdade. Unidos, eles se juntam ao povo de Veldt para proteger este lugar outrora pacífico, que agora se tornou um refúgio para aqueles que lutam contra o Mundo-Mãe opressor.

À medida que a batalha se aproxima, os guerreiros enfrentam seus próprios demônios do passado, cada um revelando suas motivações e razões para lutar. Enquanto o Reino não mede esforços para esmagar a rebelião, laços inquebráveis se fortalecem, surgem novos heróis e antigas lendas se tornam realidade.
Para Michiel Huisman, interpretar Gunnar foi uma jornada de transformação emocionante. O personagem, inicialmente um agricultor humilde, se desenvolveu. O ator destaca a profundidade emocional dele e sua jornada de autodescoberta, o que tocou o coração do público.
"Acho que, de certa forma, Gunnar foi um dos personagens mais fáceis de se relacionar. Porque ele é mais um cara comum. E foi muito divertido poder usar a transformação dele, ver ele crescer de ser um agricultor humilde, até quando ele é empurrado para o limite. Ele é um cara bastante assustador. E não só em se juntar às lutas, mas também em, finalmente, ter suas próprias sensações", avalia ele.
Sofia Boutella, por sua vez, mergulhou na complexidade de sua personagem, Kora. Ela a descreve como uma figura confiante e poderosa fisicamente, mas emocionalmente reclusa e carente de amor. A trajetória da protagonista é desafiadora e reveladora, à medida que ela se abre para novas experiências e emoções, mostrando um crescimento emocional significativo ao longo do filme.
"Eu realmente gostei da jornada que a Kora teve. Desde o momento em que eu li ambos os roteiros, porque nós recebemos ambos os roteiros ao mesmo tempo [da parte 1 e 2], eu já adorava a ideia de criar um tipo de arco desafiante e complicado para uma personagem que é muito confiante, poderosa e forte em nível físico, mas que luta profundamente emocionalmente. Ela está muito fechada e se nega muito amor em sua vida e, no final, ela se abre mais e mais. Então, foi muito divertido", opina Sofia.
Boutella também aproveitou a oportunidade para destacar a importância de papéis complexos e desafiadores para mulheres no cinema. Ela expressou gratidão por ter recebido um papel tão significativo e espera que mais oportunidades se abram para atrizes explorarem uma variedade de personagens sem ficarem presas a estereótipos limitantes.
"Eu acho que, se isso fosse há alguns anos, provavelmente o papel teria sido dado a um homem, e estou feliz que tantas mulheres pavimentaram o caminho para eu andar e para tantas outras mulheres. Ainda penso que há mais trabalho a ser feito, ainda sinto que tem que haver oportunidades mais diversas e papéis interessantes para serem dados a mulheres, e para as mulheres não serem presas em um gênero, uma categoria ... Algumas atrizes sempre ficam com o papel da mãe. Eu ouço isso várias vezes e continuo lendo, e ainda acontece. E sinto que há muito progresso a ser feito, mas ainda temos um longo caminho para continuar abrindo as portas para as mulheres. Estou extremamente agradecida com esse papel que foi dado a uma mulher, e seja eu ou alguém mais, estou feliz de ver as portas abrindo mais e mais", destaca.
Zack Snyder compartilhou sua visão sobre a continuidade da história e o potencial duradouro de "Rebel Moon 2". Ele enfatiza a escala épica e mitológica do filme, revelando que a história está apenas começando e que o conflito apresentado é apenas o começo de uma jornada maior. Snyder também discute a estrutura narrativa do filme, projetada para ser uma experiência envolvente para o público, especialmente quando assistido em sequência com o primeiro filme.
"Acho que pode se tornar algo geracional, como Star Wars e Mad Max. Na verdade o que vocês estão vendo é a ponta do iceberg. Eu queria ambientar este capítulo de abertura em uma pequena vila, em uma espécie de escala, mesmo que pareça um filme gigante, a escala do conflito é muito pequena, e muita coisa ainda está por vir. Eu escrevi como uma única história e depois cortei ao meio, certo? Então essa é uma das coisas que estou animado para que as pessoas possam - no dia 19, assistir a segunda parte. Elas poderão assistir um e dois juntos se quiserem. E será uma experiência interessante. Eu acho que é uma experiência muito mais interessante vê-los um atrás do outro, porque você realmente vê como tudo meio que é realmente uma continuação", explica Zack.