Daniel Alves ao lado da advogada Inés GuardiolaLluis Gene / AFP

Espanha - Daniel Alves se apresentou pela primeira vez ao Tribunal Superior de Justiça da Catalunha nesta quinta-feira (28), três dias após sair da prisão em liberdade provisória. Tal medida é uma das que o ex-lateral-direito de 40 anos terá que cumprir para que possa seguir fora da cadeia.
Ao sair do tribunal, Daniel Alves foi hostilizado por um grupo de manifestantes que o esperavam.
"Tem dinheiro para estuprar e depois pode pagar, né? No Brasil te matam rápido, seu desgraçado. Tem dinheiro para violar as mulheres. É um estuprador!", disseram os manifestantes no local, em vídeo divulgado pelo "Marca".
Daniel Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão por estupro, em Barcelona. Ele deixou o Centro Penitenciário Brians 2 na última segunda-feira (25), após o pagamento da fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões).
O jogador compareceu ao tribunal acompanhado de sua advogada, Inés Guardiola. A Justiça espanhola definiu que Daniel Alves compareça ao local toda sexta-feira, porém compareceu nesta quinta (28) por conta do feriado de Sexta-Feira Santa.
Para ganhar a liberdade provisória, Daniel teve que entregar os passaportes espanhol e brasileiro, para garantir que não deixará o país. Antes da condenação, o atleta brasileiro teve negados cinco pedidos para responder em liberdade por "risco de fuga".
Entenda o caso
O Tribunal de Barcelona, na Espanha, condenou Daniel Alves a quatro anos e seis meses de prisão pelo estupro de uma mulher de 23 anos em uma boate da cidade, além de cinco anos de liberdade vigiada após o cumprimento da pena, sendo proibido de se comunicar ou se aproximar da vítima. O crime ocorreu em dezembro de 2022, dias após a participação do jogador na Copa do Mundo do Catar com a seleção brasileira.
Após a condenação no Tribunal de Barcelona, o caso de Daniel Alves ainda será avaliado pelo Superior Tribunal da Justiça da Catalunha. Ambas as partes poderão recorrer ao Tribunal Supremo de Madri, órgão máximo da Justiça espanhola. Por isso, a liberdade provisória não significa que ele foi absolvido, mas apenas poderá aguardar o trânsito em julgado fora da prisão. A advogada da vítima classificou a decisão como "escândalo" e prometeu recorrer.