Técnico Artur Jorge, que vai para quarto jogo, tenta implementar nova forma de jogar do BotafogoVítor Silva / Botafogo

Sem muito tempo para treinar, diante da maratona de partidas, Artur Jorge pretende ajustar o Botafogo para jogar à sua maneira aos poucos, aproveitando os jogos como laboratório de teste. Será assim mais uma vez neste domingo (21), às 18h30 (de Brasília), quando o Glorioso recebe o Juventude no Nilton Santos, pela terceira rodada do Brasileirão, em busca de evolução para aprimorar o domínio da partida com a posse de bola.
Esse é o objetivo que o treinador português deixa claro desde que chegou. A missão não é simples, diante de um elenco que se acostumou a jogar em transição rápida da defesa para o ataque e sem precisar ficar tanto com a bola. Na vitória sobre o Atlético-GO, os bons momentos foram desta maneira, mas o gol saiu em uma jogada trabalhada com paciência.
A tentativa de trocar o "saber sofrer", como aconteceu na reta final do jogo, para ser dominante é um desafio que o Botafogo está disposto a fazer, mesmo diante do pouco tempo para aprimorar. A sequência em casa pode ajudar, desde que a obrigação de ficar com a bola não se torne um fardo.
"Temos um longo caminho a percorrer de construção, de consolidação de ideias, de também termos a equipe que compre a ideia que nós trazemos. Neste momento, há claramente uma intenção, uma entrega, uma disponibilidade de todo o elenco em poder desempenhar aquilo que nós procuramos que a equipe faça. Com evolução, cremos que a equipe possa ter de preparar o ataque de chegar o gol contrário não por um chutão. Isso precisa de paciência, qualidade e dedicação dos atletas. Isso temos tido", avaliou Artur Jorge.
Diante do cenário, a ideia de formação com quatro atacantes continua. O quarteto formado por Tiquinho, Luiz Henrique, Jeffinho e Junior Santos mostrou evolução na movimentação na partida de quinta-feira, mas algumas deficiência defensivas, principalmente após as substituições.
"Mais do que a questão dos quatro atacantes, é uma estrutura que é montada que tem um compromisso defensivo e ofensivo, com que haja uma dinâmica em que todos percebam aquilo que a equipe e o jogo pedem. Quando chegarmos mais próximos disso, seguramente vamos ficar mais confortáveis no jogo", avaliou o treinador.