John Textor é o dono da SAF do BotafogoVítor Silva / Botafogo

Rio - Dono da SAF do Botafogo, John Textor foi suspenso por 45 dias e multado em R$ 100 mil reais pelo STJD por conta das declarações que deu logo após a partida entre Botafogo e Palmeiras, no ano passado, pelo Campeonato Brasileiro, que terminou com vitória alviverde por 4 a 3. O empresário não poderá frequentar estádios nos jogos do Glorioso em casa e como visitante. Ele já cumpriu 28 dias e terá mais 17 pela frente para completar a pena.
A decisão final tomada em acordo pela maioria dos auditores. O empresário foi punido com 30 dias de suspensão e multa de R$ 50 mil por infração ao artigo 243-F do CBJD (ofensa à honra) e 15 dias e multa de R$ 50 mil no artigo 258 (conduta contrária à disciplina ou à ética esportiva).
Textor também foi enquadrado no artigo 184 (quando o agente pratica duas ou mais infrações, acumulam-se as penas). Por isso, o americano corria o risco de ser suspenso por até 360 dias.
O relator do processo, Mauricio Neves Fonseca, e o auditor Paulo Feuz votaram por suspensão de 105 dias e multa de R$ 75 mil, sendo 90 dias e a multa financeira pelas ofensas ao 243-F e 15 dias pelo 258.
A defesa de Textor alegou que o empresário americano tinha direito a entrar em campo por ter uma credencial. Portanto, segundo eles, não houve invasão de campo e o dono da SAF entrou em campo para rezar com o time. Além disso, eles também questionaram o fato do norte-americano ser alvo de várias denúncias no artigo 243-F, sendo que foi apenas um ato de indisciplina.
O vice-presidente do STJD Felipe Bevilacqua votou por uma punição mais branda, com 30 dias e R$ 75 mil pelo 243-F e 15 pelo 258, totalizando 45 dias e R$ 75 mil, alegando que Textor é réu primário, e foi apoiado pelo auditor Luiz Felipe Bulus. O presidente José Perdiz concordou com a aplicação dos artigos, mas sugeriu 55 dias de pena.
O auditor Mauro Marcelo votou de forma diferente, absorvendo a denúncia de invasão, alegada no 243-F, e pedindo 25 dias de suspensão e R$ 50 mil por cada uma das infrações deste artigo, o que totalizaria 50 dias de suspensão e R$ 100mil de multa. Os auditores Sergio Martinez e Mauro Marcelo acompanharam a segunda divergência.
O julgamento desta sexta foi apenas o primeiro de John Textor. O empresário ainda precisará responder pelas acusações de manipulação no Brasileirão do ano passado, sem apresentar provas, e por dizer que jogadores manipularam resultados em partidas de Palmeiras, São Paulo e Fortaleza