Obra 'O voo do Aracuã: a origem do cocar na tradição Tupinambá' é uma das peças expostas. Foto/ Divulgação (Acervo Hélen Jordana)

A mostra "Fios de Maíra- Uma Jornada pela Mitologia Tupinambá", representa uma iniciativa para promover a cultura indígena Tupinambá e a arte têxtil como veículo de expressão cultural, pode ser vista até o próximo domingo (5), na Casa de Cultura Marise Moreira de Brito, com horário de visitação estendido até às 20 h de segunda a sexta. E aos domingos de 8h às 14h.

A artista começou a desenvolver as obras se reencontrando com sua essência, em uma jornada de redescoberta ao explorar sua história e de sua minha família. Em meio a essa investigação, se deparou com um fascinante elo de suas trisavós, tanto materna quanto paterna, identificadas como descendentes Indígenas, "pegas no laço", como se diz.

“Desde que me estabeleci em Itaguaí, venho residindo em uma rua cujo nome é uma homenagem aos Tupinambás. Esta coincidência não passou despercebida por mim, e, sendo eu alguém que encontra inspiração na natureza, senti-me compelida a mergulhar no estudo da cultura e mitologia Tupinambá como parte essencial da minha jornada de autoconhecimento. Portanto, ao escolher o tema, como meu guia nessa jornada de autodescoberta, estou não só honrando minhas raízes, mas também abrindo-me para um vasto universo de sabedoria ancestral, que ecoa não apenas no passado, mas também no presente e no futuro, como uma fonte inesgotável de inspiração e aprendizado, explica a artista.

Aos interessados pela técnica utilizada por Hélen Jordana, a artista fará um Workshop de Quilting livre nesta sexta-feira (26) e na próxima sexta-feira (3), às 19h, na Casa de Cultura.

A artista Hélen Jordona
Hélen Jordana é uma artista autodidata que desde cedo se encantou com a costura, passava as tardes observando sua avó costurar tapetes de retalhos de tecido em uma velha máquina e ficava intrigada como poderia a vovó sem saber ler fazer aquelas obras de arte?

Em 2013 seu esposo foi transferido a trabalho do Rio de Janeiro para Salvador-BA, recém-chegada em uma cidade diferente, sem trabalho, amigos ou outros familiares, se viu em uma depressão que parecia não ter fim, em uma banca de jornal, no Largo 2 de Julho, no centro da cidade de Salvador, uma revista de cartonagem lhe chamou a atenção e assim, deu seus primeiros passos na produção de bolsas artesanais e caixas em cartonagem.

Logo se lembrou das tardes com sua avó e adquiriu uma máquina de costura para aprimorar suas técnicas. Sua paixão pela arte e história sempre foram grandes companheiras e inspiradoras. Em 2020 começou a transição do artesanato para a Arte Têxtil se aprofundando na técnica de Quilting Livre.
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